Caminhos de pedra me levam ao Sol;
Caminhos de rosas me levam ao Sol;
Cada curva, cada obstáculo me levam ao Sol;
Sol do meu dia, Sol da minha vida, Sol do meu viver.
Cada passo: uma linha da história;
Cada pausa: uma vírgula da história;
Cada retorno: não apaga um pouco da história, porque essa história só se escreve não se desfaz; Só se vive não se refaz, mas faz, faz de novo, faz diferente, faz melhor.
Em todo encontro: uma descoberta;
E na descoberta: um encontro, sonho, sonso, sem sal.
Mas com vida, com amor, com vitória e luta breve,
De mim, de você, daquela fantasia que ficou perdida na infância, nos tempos de criança, em que se só fazia: brincar e sonhar...
Andar na chuva e lavar a alma, renovar a vida, sentida em cada gota d’água.
E essa água límpida que me deixa desnuda, nua, crua, sem véu, sem máscara.
E assim sou descoberta, sou sentida, amada e querida.
E prossigo a caminhar sem rumo, sem destino, guiada pela aurora; pela menina, em mim perdida, no peito a latejar.
Nana de Abreu