quinta-feira, 29 de maio de 2008

Amigos...


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
Poema atribuído a Vinicius de Moraes, porém o site autordesconhecido nos revela o verdadeiro autor: Paulo Sant’Ana

3 comentários:

Marielle disse...

Queridas amigas,
tenho pouca habilidade em escrever palavras sublimes, mas o que eu tenho a dizer, e já disse em pequenas mensagens, é que com vocês tudo é lindo, sinto como se estivesse com a minha família, onde tudo é afago e carinho!! As risadas são inevitáveis, as conversas, abraços, choros.. tudo..!! Sonho em um dia podermos nos reunir daqui a muitos anos e termos a certeza de que somos muitos felizes com a nossa sólida amizade!!

Obrigada por todos os momentos,
Beijos
Mari

Anônimo disse...

poxa vida, que lindo hein taty? adorei seu post! bom, eu ñ estava lá com vcs no rancho em corpo, mas em pensamento... as vezes ñ demonstro para cada uma de vcs todo o amor que sinto, mas é verdadeiro e está aqui, bem dentro do meu coração, divido em partes iguais para cada uma de vcs ;D

(me levem no ranchoooooooo)

Lu Guimarães disse...

Ai amigas.
Quero mesmo agradecer pelos inúmeros momentos em que compartilhamos risadas (muitas por sinal e ainda bem), carinho, brincadeiras, segredos, alegrias, tristezas, viagens, imitações, aulas chatas, sufocos e etc.
Vocês são realmente a parte mais importante da minha vivência e crescimento na faculdade.
Quero em especial enfatizar a gratidão que tenho pela paciência que cada uma teve,ao seu modo, com o meu jeito meio duro de ser e me expressar, minha impaciência e especialmente meus momentos de crise que têm sido quase constantes. Para a felicidade de vocês queria dizer que estou entrando em uma fase mais clara e feliz e poderei fazê-las mais felizes com mais doçura e carinho.
Amo todas vocês.
beijocas
Lu